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MARY ISABEL VÁSQUEZ GÓNGORA
( PERÚ )
A trajetória vital de Mary Isabel Vásquez Góngora, transladou-se por diversos cenários. De pequena sua vida cresceu e desenvolveu-se em um ambiente bucólico extraordinário, de beleza natural, com a atenta mirada do colossal nevado Coropuna. Nasceu em Viraco, Arequipa, Perú.
Seu trabalho médico — docente com 35 anos consecutivos foi reconhecido tanto pela Universidad Nacional de San Agustin de Arequipa, como pelo Colégio Médico del Perú.
Foi galardoada como Médica do Ano 2004, Lima, Perú.
Desde 1998 se iniciou com a Literatura, com seu primeiro livro novelado Remembranzas de uma SERUMISATA, e outros nos anos seguintes.
TEXTOS EN ESPAÑOL – TEXTOS EM PORTUGUÊS
VAZQUEZ GÓNGORA, Mary Isabel. nostalgia, sombras y otras confidencias. Arequipa, Perú: Centro de Artes Gráficas, Universidad Nacional de San Agustín, Editorial UNSA, 2010. 83 p. No. 11 014
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doado pelo amigo (livreiro) Brito, Brasília, DF.
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SOMBRAS
Sombras
penumbra a la distancia
cortina impenetrable
impide ver a luz
Dolor curvado
de las vértebras
abrazo frio de la noche
oscura soledad
Melancolía
grito herido
llanto desbordado
por el espacio gastado
de los rostos
Amargura dentro
del paréntesis de los labios
Sombras
oscuridad intelectual
CELOS
Duda que mata
la frescura del amor
puñal que corta
el futuro la vida la paz
Desconfianza
que cierra el alma
con chirridos de
viejas bisagras
Celos
psiquis en tormento
locura
desequilibrio total
Fantasma
nubla los días
enluta las noches
sólo cenizas
sobre las almohadas
Anhelo perdido
Amor que se va
por caminos pedregosos
con los pies descalzos
Celos
Negra chalina
anudada al cuello
ME VOY
Señor
de la voz callada
Un paso al costado
te dejo
rozándole apenas
con los dedos del viento
Dimensiones
desconocidas
me deslumbran
tu y yo
somos luna menguante
sentenciados
por el tiempo
Me voy
en silencio
llevo un equipaje pobre
metido en el pecho
lleno de retazos
de sueños perdidos
que espero
no volver a encontrar
Señor
de la voz callada
Te dejo
rozándote apenas
con los dedos del viento
PRISA
Escucho la sinfonía
de mis pasos ligeros
casi alados
Mis horas se deslizan
en tiempo de fuga
Mi último minueto
en círculos de
trescientos sesenta grados
Debo correr
levantar vuelo
ganarle
la partida
al punto cero
antes que llegue
mi largo anochecer
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de Antonio Miranda.
SOMBRAS
Sombras
penumbra a distância
cortina impenetrável
impede ver a luz
Dor curvada
das vértebras
abraço frio da noite
escura solidão
Melancolia
grito ferido
pranto desbordado
pelo espaço gastado
dos rostos
Amargura dentro
do parêntese dos lábios
Sombras
escuridão intelectual
CIÚME
Dúvida que mata
a frescura do amor
punhal que corta
o futuro a vida a paz
Desconfiança
que fecha a alma
com guinchos de
velhas dobradiças
Ciúmes
psiquis em tormento
loucura
desequilíbrio total
Fantasma
enévoa os dias
enluta as noites
somente cinzas
sobre as almofadas
Saudade perdida
Amor que se vai
por caminhos pedregosos
com os pés descalços
Ciúme
Negra chalina
atada ao pescoço
VOU-ME
Senhor
de voz calada
Um passo ao lado
te deixo
roçando-lhe apenas
com os dedos do vento
Dimensões
desconhecidas
me deslumbram
tu e eu
somos lua minguante
sentenciados
pelo tempo
Vou-me
em silêncio
levo um equipagem pobre
metida no peito
cheia de restos
de sonhos perdidos
que espero
não voltar a encontrar
Senhor
de voz calada
Te deixo
roçando-te apenas
com os dedos do vento
PRESSA
Escuto a sinfonia
de meus passos apressados
quase alados
Minhas horas deslizam
em tempo de fuga
Meu último minueto
em círculos de
trezentos sessenta graus
Devo correr
levantar voo
ganhar
a partida
ao ponto zero
antes que chegue
me longo anoitecer
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Página publicada em outubro de 2004
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